Sou tão distraída

que ontem levei a Maria para a escola das manas e só quando me senti rodeada de meninos de bibe encarnado é que percebi que a Maria não pertencia ali!!!

Li numa "cor-de-rosa"

uma entrevista duma socialite que aos 40 anos e em vésperas de ter o seu 5º filho, se gaba da ajuda que o seu marido lhe presta. Diz ela que o marido a "ajuda em tudo" mas que não muda fraldas (isso é que ele não consegue mesmo!?!), não dá leite (porque ela o amamenta), não lhe pega ao colo (porque o bebé tem a cabeça frágil). De resto ele (esse precioso marido) faz tudo!!! Mas tudo o quê??

Disse ainda que é "incapaz de acordar o marido à noite porque ele trabalha imenso e precisa de descansar". Além disso, ela pode sempre "aproveitar o dia para dormir"!

Ou eu estou muito esquecida ou esta história do descansar no sono dos bebés é "quase impossível"... No meu caso porque não tinha empregada e nos períodos de descanso das bebés sempre aproveitei para adiantar alguma coisa em casa.

Começaram

os pedidos insólitos para o Natal, que passam por chinelos, a ovos kinder, a bolas saltitonas, a pasta de dentes encarnada, um PDA igual ao do Pai, uma chave de casa (?!), um carro verde, etc... Pedem-me para que interceda junto do Menino Jesus, que por sua vez entregará os seus pedidos ao Pai Natal e lhos dará no dia 24 de Dezembro.

Gosto da figura do Pai Natal e embora seja um símbolo pagão, faz parte da minha história nesta quadra festiva. Já em pequena era ao Menino Jesus que eu pedia os meus presentes e achava perfeitamente razoável o facto de os mandar pelo Pai Natal, um homem robusto, que apesar de ter uma certa idade, só trabalhava nesta altura do ano.

Para as minhas filhas (com excepção da Maria que está perfeitamente alienada nesta questão) esta dupla faz todo o sentido: um menino que olha sempre por elas e que festeja e partilha o seu aniversário com todas as crianças, e um velhote que o ajuda nessa tarefa de fazer chegar o presente ao menino certo.

E porque nem sempre é fácil responder às questões que me levantam, é bom que esta história continue a fazer sentido...

Ainda falta

o outono, o inverno e a primavera! - Respondo-lhes quando me perguntam quando vamos à piscina e à praia outra vez.
- Ah, está bem! É amanhã?

"Mau" feitio

Há dias em que me apetece descarregar os nervos acumulados e tento arranjar uma situação que me permita fazê-lo. Nestes dias, procuro incessantemente um erro na factura da TV Cabo, que o carteiro toque 5 vezes seguidas (o que isto me irrita!!!), que alguém me passe à frente numa fila ou que alguém me buzine sem motivo aparente.

Ora, estando o sinal encarnado e não havendo forma de eu avançar, permiti que os carros do sentido contrário me bloqueassem de forma a puderem passar, impedidos por um carro estacionado em 2ª fila. Quem não gostou da boa acção foi a senhora que estava parada atrás de mim e buzinou. E eu tentei fazer sinal de que, mesmo que saíssem da frente, eu não teria forma de contornar o vermelho. Parece que a Senhora levou a mal e tratou de colocar o dedo na buzina. E eu tratei de levar a boa acção até ao fim e mesmo com o meu sinal verde (agora já tinha motivo para andar) fiquei parada. Atrás de mim estava apenas um carro e dos barulhentos e eu, quanta generosidade, mandava avançar os carros ao som das buzinadelas da senhora.

E quando avançámos, só ao 2º sinal verde, a senhora ficou parada ao meu lado e eu, vendo aí a oportunidade para que ela descarregasse os seus nervos (cá está o meu lado bondoso), abri o vidro, à espera dos insultos... E ouvi das boas!!!!

A Maria

despediu-se da sua cama de grades no sábado! A partir desse dia passou a conhecer (e bem) a cama de viagem e espero que goste e durma bastante confortável, já que de lá não a mudo.

No sábado (o famoso dia) o Pai deitou-a na cama e tudo fazia prever que seria uma sesta como as outras, mas de manhã já o anãozito tinha ameaçado com o pé que pularia a cerca. Ora, como Mãe com alguma experiência, tudo me levou a crer que o pé na grade não passaria de um desvario momentâneo... Mas não... 1 minuto depois de a ter colocado na cama, ouvimos um estrondo e eis que a Maria estava no chão, a chorar como nunca a tinha visto. Percebemos que a queda tinha sido amparada pela cabeça, quando a vimos negra... Já na Estefânea, ondei achei que a princípio estava um pouquinho abalada e mais calma do que o normal, apercebi-me que tinha a Maria de volta quando a ouvi aos gritos por bolachas, água, enfim, comida!

Ainda achámos que ela não cairia outra vez no mesmo erro de alçar a perna para sair da cama, e não é que foi a 1ª coisa que fez???

E foi a maneira (não a melhor, é claro) de acabar com as camas de grades lá em casa... pelo menos por enquanto...

Clone precisa-se

para finais de tarde, com dose extra de paciência!!!

Maria, a exploradora